sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Permanecem inertes estes dias ausentes onde deixo meu ser em suspenso, nem um som produz este pensamento, apenas hoje manifesta se lembrar que é apenas mais um dia longo e doloroso como todos os que se seguem..
Após a guerra verbal a poeira assenta e nada mais que um silencio penoso e um olhar choroso, ferido, só como quem permanece aqui sentado a deambular pelas letras que se juntam formando uma teia de escrita que carrega o penso das lágrimas que fluem como um rio que enche os papeis com as marcas da magoa que se funde a varias e aumenta com o cair do dia..
Com o raiar da lua a noite torna-se o ponto onde a beleza converge com o mais dolorosa das memorias..
"não estás para me acalmar, não estás para mim..", recorda a noite, vezes e vezes sem conta sangrando o coração que faz o corpo desfalecer em fraqueza a mesma que me leva ao mergulhar nos lençóis, um cair desamparado para um sonho que acalma a dor, por momento que parece real.. mas ao emergir para a realidade só pede um colo onde a tremer e a chorar até ser acalmado.
Medo que possuo por me ditar tão horrivelmente bem..
A mão pedia nunca chegou, apenas a esperança jaz destruída ao lado da minha mão estendida no chão onde permaneço inerte como estes dias..

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Inverno de lágrimas que em gélidos campos torna delicada magoa em esbelta a queda das mesmas.. Cristais puros de inundam tudo ao chegarem ao chão, derretem e tingem a primavera de violento vermelho que contrasta com a palidez do sorriso que desfaleceu ao partir do som.
Palidez doentia é aquela que toda a aura carrega com os dias que pensam como oceanos, os mesmo onde flutua o corpo inerte e apático.. Levanta-se por obrigação ao chegar à praia de um verão infernal que parecia carregar uma esperança que queimara a palidez, a mesma que parecia ter seus dias contados, afogando-se em flamejantes esperanças que não passaram de ilusões, alimentando assim um vazio crescente que instalou-se com a volta da pálida personificação de alguém que outr'ora era dono do sorriso que partiu..