quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Há caminhos que percorremos uma e outra vez, até que algo nos cai em cima e escorregamos até ao inicio. Entre densas opiniões e escolhas difíceis lá assombram palavras que vêm carregadas de luzes que iludem e alimentam a esperança de há mais alguém que me ajude a sair deste pântano.. mas como sempre, tudo isto não se trata de mais que pura ilusão, baseada no desejo de sair bem..
Ninguém está do outro lado, apenas ecos de pessoas que passam, pessoas que estão ocupadas com mais do que mil tormentas para olhar para trás..
Também te ouvi, longe, cada vez mais.. e eis que cais em mim e estupidamente submerjo com o inicio que de infortúnio se cobre.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

muralhas de razão

Em todos nós se erguem castelos, torres infindáveis e claustros de sublime beleza escondidos nos templos da nossa mente. Tudo isto sendo a fundação de nós próprios e em nós as intermináveis historias que vamos escrevendo guardam-se sobre todas as formas.. Cada um se vê de maneira diferente e todos nós vemos os castelos, uns maiores que outros.. de aldeias a vilas e de vilas a metrópoles. Toda esta grandiosidade trás mais de cada um e cada um colhe os frutos que estes castelos trazem.. O tempo passa e assim se vêm os melhores a permanecerem e a florirem, mas nem todos são assim..
Há cidades em ruínas com torres sem escadas, pedras a desfazerem-se e claustros secos em templos cobertos no vandalismo deixado por todas à sua passagem. Cidades que não chegaram a ser e muralhas assombradas pelas flechas e que continuam a arder nos corpos que espalhados por todos os recantos não deixam que se apague a memoria do porquê de continuar assim.. Rei de seu reino não ri, apenas usa uma muralha e trabalha, sem esperança, com a certeza que mais uma torre vai abaixo.. Ele não é a memoria que possa desabar nem o sentimento que seca, também não faz parte dos corpos que ardem. Tomava-se só e a penas como rei de seu reinos, entre os seus súbditos se sentia bem. Hoje? Hoje nada tem a não ser as mãos cravadas e um rosto que envelhece.. Não se mostra a outros reinos e enterra-se na presença de outros, pois tudo lhe relembra que tudo lhe lançou pedras por ser apenas ele. As mãos que estendeu foram cortadas e todo o lacrimejo ecoa dentro das muralhas dando a razão de seu nome.. cripta, nada mais que uma humilhante cripta sem valor, sem brilho sem talento.. Sabes que a noite se ouve todas as guerras e todas as lamentações? bem alto como se nunca tivesse acabado e por muito que fuja, ele está condenado ao seu próprio "castelo".. Sabes como me vejo?

Então sabes que não valho o olhar.. compreende que quando olham eu tenho medo. Medo de acabar mais uma vez como sempre acabo, porque ninguém quer uma cripta a seu lado quando encantos mil cortejam seus passos..

Talvez um dia volte a ter forças para limpar e reanimar todos os pequenos pedaços de mim. Só tenho medo e não estender a mão à pessoa que realmente mereça.. porque as muralhas caíram e cego de razão fico em não querer a ajuda de ninguém.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

dá-me um porquê..

Em tanta certeza duvido que todos estes raios de felicidade sejam merecidos ou se são simplesmente reais, porque sempre acabam num latejante lacrimejo que soluça por entre as batidas das musicas que cobrem os defeitos ruidosos de todo este estado.. sabes, de todas as certezas cientificas, tu não és uma delas.. Tal como na vida,que está repleta de incertezas de afloram este campo de chorosas passadas, tudo isto é como um ardor que se contorce por entre uma negação e uma negativa impressão do meu ser.. Sabes, eu não devia nunca ter deixado que o meu coração saltasse para as tuas mãos, é de relembrar que é cedo e que ainda estou choroso e caprichoso. Também nunca esquecendo que não estás bem e que por entre este sofrimento sei que existe preocupação minha.. também sei que o meu coração não é fardo bom para ninguém  porque sempre o partiram e pisaram por não valer o pouco que sou. Sabes, não te mostro as cartas que se vão desenlaçando dentro dele pois não sei se algum dia as aceitavas e toda esta incerteza esmaga-me contra o chão.. o mesmo que conheço tão bem. Não entendo a razão de me querer ver a sofrer quando em tudo o que é racional sei que não sou perto de suficiente para ninguém  nem agora nem nunca.. muito menos para ti que te queres longe de corações alheios muito menos de um que em silencio foge de todos e descarrega, toneladas de impacientes lamentações. Imagem quebradas, pele morta, olhares inchados.. mesmo assim limpaste-me as lágrimas uma e outra vez, porquê? o que valho eu para te preocupares comigo? é doloroso ser o pilar enfraquecido, o ribeiro mal tratado. Não quero ser a nuvem negra que anda por cima de ti, não precisas de uma criança chorosa e insegura de si. Sabes eu sou isso tudo e ainda mais.. alguém um dia pegou no meu coração e partiu, e até hoje espero que alguém tenha forças suficientes para o concertar. Mas, com o tempo aprendi que ninguém quer um coração partido.. e eu peço um porquê.. 

não sei, não tenho certezas, só duvidas..
a única certeza que tenho é que não sou o suficiente para te perderes em mim..
Talvez um dia, alguém concerte o meu coração.. eu gostava que fosses tu.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Há em milhares de ficheiros pedaços de memorias, o meu disco externo, tal como um báu de memorias recordou-me hoje de todos aqueles que passaram pela minha vida e que não se cruzam mais que uma ou outra vez na rua.. Muito se passou desde 2004. Toda a minha mudança, todo o meu crescer foi visto de um modo cruel, um correr de namoradas, amigos que entravam e saiam.. Todo um corro-pio lacrimoso que deixava guardado dentro de mim, tentando esconder todos os problemas que acumulavam, e lá no meio havia um eu que sorria de um modo em que hoje em dia é difícil.. posso dizer que todas as pessoas que passaram por mim foram importantes e ensinaram-me muito, e apuraram o que sou hoje em dia. Sei que ainda tenho muito que aprender com todos os remoinhos que passam por entre os meus tufões. Sabes, houveram pessoas que no acaso de conhecer trouxeram-me a coisas genialmente genuínas que não sabia que podiam sair de mim. Todo o meu eu foi trazido em conforto do desfalecimento que era a minha vida até aqui. O tempo ensinou-me a limpar as lágrimas e vomitar as dores em forma de sopa de letras, confusas para quem não me conhece..

Gosto de recordar pessoas que partiram e olhar com um sorriso para trás e não me arrepender de nenhum erro, gosto também de ver que os anos passam e permanecem e prevalecem as pessoas que importam..
O tempo vai escorrendo e todos os meu sorrisos vão se escapando por entre lágrimas deste meu estado.. gosto de ver que consigo sorrir e ser feliz..
Gostava de voltar a fazê-lo sem temer.. mas obrigado por estarem aqui.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fazes-me falta, sempre fizeste ao longo desta vida. Tu como mais ninguém sabia-me e tirava-me um sorriso da cara com a maior das facilidades. Continuo pequeno e com todos os medos a que tenho direito.. eu vi o chão a ir-se embora, vi a tua vida a ser levada com os meus olhos.. Sei que cuidaste de mim sempre e sei que deves de chover em intemperes por ver todo este crescer ferido.. Nunca te esquecerei, sabes como sempre soubeste.. mas eu sei que não mereço qualquer raio de bondade. Nunca o vi, sempre me conheci num mar de sal que se alastra em rios.. e como toda a dor que vou co-habitando é difícil confiar-me outra vez a alguém.. porque me mandaste um anjo intocável?

Sei que devo levantar-me..
Sei que devo sorrir..
Sei que devo lutar..
Sei que não te devo tocar..
mas sabes? só queria ser feliz, correr entre a chuva e encontrar um sorriso comigo na chuva.. Um bocado de magia.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Por entre a chuva os carris aparecem  fazem com que toda a minha mente se desvie, se foque em pormenores que não meus, apaziguando esta inquietude que reina em mim.. podes não saber mas há dias que saiu para fora destas muralhas e deixo que a chuva me molhe, que o vento me corte e que o anoitecer me entristeça. Sem que alguém veja esse dia, entre tantos dias, passou-se por entre viagens, vozes, chuvas e mais que esta acalmia, o meu coração parou de bater. Houvesse alguém que visse o folgo a fugir.  Passou-se, mais um dia. Refaziam-se duvidas, criavam-se incertezas e recordavam-se pormenores do quanto toda a minha escuridão era ofuscada e lentamente afastada por um sorriso que se soltava em mim, criado por ti..

Já não sei como não ter medo de sorrir.. passaram-se horas, dias, noites, ao ponto de me ter esquecido o que era sorrir envergonhado.. mas lembro-me que a ultima vez doeu pouco tempo depois. Faz parte, um bicho como eu não tem direito a sentir o calor do carinho enquanto não pagar em oceanos de sal tudo o que fiz..

E com um simples olhar no espelho vejo o porquê.. e tudo volta a mim.

Gostava que visses para alem deste sofrer, eu sei que tento.. só espero que vejas um dia destes.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Passam-se os anos com diferentes processos de cura. Nada nunca parece ser forte o suficiente para me arrancar a carne que secou de tanto sal que escorreu por ela. Nem todos vêem o envelhecimento do sentir, a maturação das dores, que como ondas de ódio se armam contra qualquer luz que apareça.. Todos estes pequenos seres fazem parte da constante guerra que travo, todos os dias porque deixaram um buraco gigante em mim.. e sabes? Não consigo deixar de me preocupar, de cuidar, de atirar todo este egocentrismo para o lado quando sei que algo está errado.. sei me errado, confuso até. Não entendo esta força que se levanta em mim para os outros.. Como poderei eu gostar da criatura que sangra todos os dias pelos males de si próprio?

Passo dias em realidades fantasiadas a espera que tu apareças  como me sento no banco do jardim a espera de ti, no sonho em que nunca apareces.. Sabes que não te vejo e é estranha a dor de uma ausência que não se criou. Sabes, temo que ao te ver ai sinta a ausência certa, de apenas a presença que só posso imaginar que brilhe tanto quanto a aura que fazes emanar da tua voz..
É pena saber que vai haver outra luz que te levará para longe, um dia, como todas as luzes, tu também irás sem que eu possa fazer nada.


Por momentos, como sempre, pensei que a minha luz fosse suficiente..
Cais-me na tardia vontade de me superar, um querer adormecido que vou espremendo até ao meu limiar. Os tendões entorpecidos enchem-se de calores a zarpados, cheios de dores que não dão desculpas por se manterem. Sabes por certo que o dia cai e toda esta escuridão trás-me ao lado certo do pensar, nunca me deixando muito tempo feliz, pois a razão não tem que se encher de sorrisos nem o destino tem que por as pessoas a nosso jeito. Penso por vezes que tudo isto é um castigo, que ainda não sofri o suficiente para poder ter algo de bom..

E mais uma vez dou por mim com as lágrimas que caiem a falar contigo, sem que vejas o rio de desilusões que enchem mil razões para me acorrentar a duvidas e a inseguranças, tais que inocentemente só vejo quando está na tela que tudo não é como imaginava, e assim, com pouco se arrasta tudo ao chão aonde permaneço demasiadas horas a pagar dividas as duvidas que tentam desmembrar todos mil braços da força que tenciono sempre alimentar com esperanças e ilusões. Tendo o cego a felicidade daquele que vê prefiro cegar e cair, porque não sou feito de gelo e sinto todo o meu pelos poros da minha pele.. E tu, que passaste por tanto desististe do lado quente como tantas outras e eu passo a ser apenas mais um a chorar o sangue que apodrece o coração.

Fartas-me as razões, vês como me desmancho e preferes ficar pelos sorrisos, porque o que não nos doí não nos interessa.. e sabes, devia de tentar mais um vez, desta vez era gelar-me em razões. Longe, até ao dia..

Mas não seria eu, seria apenas mais um nesta gélida floresta.. prefiro não te atormentar com este triste eu..

Não me és, não te mereço e assim me perco longe da luz, à sombra da lua, aonde o meu rio correr.. aonde espero que nunca caias..

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Perco a noção dos dias que passam, descrevo-me como feliz entre conversas.. Eu sei que não me lês, nem vais ler mesmo que abrisse o livro. Embora passem os dias e as conversas continuem quentes não há nada que me deixe mais frustrado que esta insatisfação.. Sou como sempre fui, apenas um vidro sem interesse aos olhos de todos aqueles que notaram a minha existência..

Mais um dia passa, o sol nasceu e pôs-se, o frio encheu a noite de tremores e a lua recorda-me das lágrimas que não param de cair.. Relembram-me de toda a luz que és e tão pouco que sou..
Sabes, acho que me perdi..

Estou farto de saber da minha insignificância, quero que vejas a luz que emano de dentro de mim..

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Como em mil historias de minha criação passo sempre por tormentas mil, tornados e tufões de sentimentos que me arrasam em segundos.. de incertezas a fraquezas complico e crio muralhas, centenas para não me magoar e como idiota que sou destruo-as com o coração nas mãos e faço-o despedaçar-se sozinho em ciclos que vêm sua vida prolongada por eternidades que ecoam neste grande vazio que cresce em mim. Estou farto de me dar, quer me acabar. Findar com o condenado ciclo de que não tem fim se não o fim de si próprio  Coloquei-me em tempos para acabar o ciclo, tive sempre um grande monte de nada que me tratava como apenas um corpo manipulável, como sempre, por muitas habilidades que o cavalo tenha, basta encontrar um defeito para ser abatido.. é pena que com tantos defeitos e não posso ser eu a ir em vez do cavalo. Sabes, o mundo torna-se lindo quando no seu fundo vemos o nosso sangue a escorrer pelas suas entranhas, céus vermelhos que enchem de sorrisos muitos, aqueles que enamorados pela vida que outr'ora foi minha.
Não vejo raios de sol nem mãos para me agarrar e por mais que espalhe o meu coração, perdão ou insatisfação, nada, mesmo nada se manifesta.. Passam-se dias, horas, semanas, noites e meses e tudo isto que gostaria que visses está para alem da tua visão. Tal como esta pequena fogueira que me aquece o sorriso ao ver apenas uma foto tua..

Não sou o suficiente, nunca fui para ninguém, para quê tenta-lo ser para ti, que és tão mais do que eu..

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Simplifico, ou tento mas toda este labirinto que crio faz como que todo o meu ser se enrole. Cria-se a problemática de simplificar sem perder todos os floreados de uma extensa ligação.. Sem interligar-me a rede vejo os sons como extensas matrizes interligadas por harmoniosas junções de notas, em todo este manto que cobre o ar, eu como todo, sentimos-nos em casa e vê-mos apenas o que é suposto.. Não te irei perguntar por isso tira a magia, tal como não irei desenlaçar as notas que se cruzam nas palavras. Tudo isto por se tornar ridículo e fazer tudo andar em mil ruelas da minha mente sem qualquer sinal de avenida, porque  não sou feito a partir de um "modelo simplificado", gosto de complicar..
Está na minha natureza levar a luz da lua atrás de mim, esconde-la entre as árvores e dizer que eu a perdi. Com isto peço sempre a mão que pego e corro a procura dela para te mostrar, como com tudo, levo-te o tempo em troca de um pouco da magia que ninguém quer ver..

Estou fora de moda, fora de tempo, mas sou eu.. apenas e envergonhado como sempre. 


Nós temos dias que não são dias e desencontros certos que todas as tagides se encarregam de serem certos. Entre cidades e rios só sei que esta minha cidade me atormenta com roncos de certas desilusões.. Sabes o porquê de nunca me veres? sabes se sou mais que uma ilusão?
Nem eu sei ao certo como me sou..

Hoje estou farto de desencontros e de ser invisível  queria que me visses e teus olhos falassem com os meus e parassem esta injusta ansiedade de querer saber. Queria ficar perto, mas sei por certo que não há de ser real..

Talvez a visão turva se dissolva debaixo do chuveiro e todas estas ânsias desçam pelo cano, talvez, hoje não é um bom dia para se falar..

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Andamos a vida toda desencontrados, não nos falamos e arrependemos-nos piamente de todos estes nossos medos. Todos eles pré concebidos para que qualquer tentativa de romanticismo se torne um atentado ao conforto dos outros e todas aquelas faiscas perdem-se por entre pedras da calçada e nunca ninguém as vai apanhar.. Acredito que ainda haja alguém algures que entenda estas pequenas questões e se sente comigo a beira mar e debata comigo o porquê de não nos deixarem ser felizes..

Sabes, com o tempo acho que nada, mesmo nada tem grandes horizontes quando nos condenamos a contentarmos-nos com o que temos, e arranjar desculpas ou justificações para amores calculados ou "percalços" pensados não me trás mínima satisfação, irritam-me tão solenemente que abandono qualquer espécie de razão e disparato contra todas destas paredes surdas que se fazem à minha volta.. Eu não justifico o meu coração nem procuro razões para tudo. Pois tudo o que é preciso se explicar é simplesmente confuso e pouco sentido..

Sabes te ver ao lado de alguém que te lê o coração?

Se existires, espero não me vejas quando este meu mar secar.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Cansado desde peso deito-me sem verter mais que silencio. Toda esta apatia desilude-me e enche-me de medos, em tão pouco tempo aconchega-se ao leito da certeza de mais uma rejeição e com esse cobertor se tapa e esconde-se, esconde-se de mais um não que vai ser recorrente e sempre latente. Não suporta mais uma desaprovação, quero-me em paz e feliz.. mas quantos nãos estão guardados até poder voltar a sorrir espontâneamente? quanto mais veneno tenho que beber até desfalecer todo este azar?

Hoje estou cansado de estar acordado.