sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Desfolha agora mais uma pagina insana entre tantas outras que ditas mas ninguém escreve..
Gritas e refilas contra paredes mocas, surdas por vontade própria..
Não és incompreensível..

Acordas num labirinto que se move deixando-te sem maneira de andar, mostram-te esperanças e negam seus actos.. tiram prazer em ver tão pálido rosto, vivacidade e o pouco do sorriso que restava é queimado e baleado com cada passo que dou..
"São só palavras..", pois as mesmas que não compreendeste nem quiseste compreender e que te magoaram, tanto que a sede de vingança tornou todo o tempo e tentativas inúteis, ficam cegos para ter uma razão..

ARGHH insana monotonia de queixumes tão reais como as verdades que pregam ser mentiras!
Não me deixam ser, impedem-me de expressar como só eu o fazia!
Tentam me por numa gaiola, tentam-me corrigir, ensinar quando não vê que não sou eu que estou mal aqui!

Será tão difícil se ler o que se sente? será que é difícil entender o que digo com clareza?
parece que não querem ver o que estou a passar..

o que é?!

Sente-se cá fora a imensa tempestade que em mim se dá, trovões como palavrões cortam elos e abrem os portões da dor que tenho mantido trancados por tanto tempo.. Um por um caiem e deixam me desamparado nos braços de um medo tão antigo. Velha solidão que enlouquece e enfraquece músculo a músculo. Olhos tristes, olhar preocupado, atormentado.. quando tudo parecia em pé se manter, tudo vem e doentiamente dizem que está mal e no chão cospem-no como pastilha gasta.. Não posso ser o que vosses esperam.. qual problema de cempreenção, é apenas uma desacreditação do ser, o mesmo que sou..
Doi..

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bate-te hoje mais uma vez contra a incompreensão do ser, mas sem nenhum resultado..
umas quantas semanas a mostrar aquilo que não querem ver, dizem que vejo tudo mal, como se o erro fosse unicamente meu..
Ainda vejo como todos, olhos continuam sensíveis e lacrimosos pelo mais pequeno pormenor, mas pelo que se vê ser sensível é um mal maior..
Vejam, vislumbrem as belezas de um mundo de seres vazios, frios a espera que uma moeda lhes entre para terem uma razão para se moveram, um mundo de bonecos que se deixam ser mandados mostrando que é tudo a brincar, como um pátio enorme para a pré primaria brincar, uma pré primaria grande e oca sem sonhos e a preto e branco..
não não vejo o mundo como vocês, ainda bem não quero fazer parte do pulmão negro e enfadonho que se está a tornar esta sociedade..
tentei com que acordasses e visses que valia a pena sonhar e voar, mas como as demais preferiste só olhar para ti e seguir..

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Mais de um mês passa desde que te escrevi, muito passou, sim em silencio.
neste momento resta uma ansiá que desconheço, um misto amargo que me enche docemente o sorriso, momentâneo esse mesmo que ninguém o responde, estranham e rejeitam como banal acto..
Há muito passou o tempo em que a felicidade era uma banalidade corrente que partilhava tão alegremente com alguém, esse que evaporou, escorregou pelos dedos.. De dor a ardor que resta no peito cada vez que aos olhos vêm lá no alto a magistral lua que recorda o sangrar de todos aqueles pequenos momentos que permanecem cravados cá dentro..
Será que não entendes que estou só sem conseguir me levantar?
Não me culpes de não lutar mas tudo o que resta de todo o tempo que lutei é este infernal lacrimejo que me atormenta e afasta a luz.. desistem de mim, como nunca antes e mereço estes nãos..
Em todas as linhas que esbocei foram apagadas e criticadas quando era apenas saudade, apenas saudade..