sexta-feira, 28 de junho de 2013

Entre as manchas e os grão de areia que se prendem na minha pele revejo-me felizmente por entre sorrisos e baixares de cabeça seguidos sempre pelos olhos de quem bem me quer. Horas passam-se por entre o sol e a água que nos envolveu a pele que acaba por timidamente se tocar com todo o carinho de um medo fiel. O sal deixa-se sentir entre os lábios e o mar mete-se connosco, como sempre brincalhão. O reluzir da felicidade não distancia de lábios, seguem-se como sempre as horas. O carinho e o quão bom foi todas estas horas na areia mas, como sempre, meu amigo karma voltou com a inveja dos outros. Como antes, e como irá sempre ser, uma e outra vez, vieste para me roubar o sorriso que não saia da minha cara. Trouxeste contigo as palavras que sempre ecoam na catedral da esperança e como sempre trouxeste colunas que partiam os vidros e cortavam a respiração. Tremo, ouço o silêncio com o ligeiro eco e todo este medo e passam-se horas e, assim, muito lentamente me acalmo. A tempo para te voltar a ver e não deixar que este pesadelo me consuma.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Tempo

Deixo-me incorporar nesta falsa noção de cura e vejo que não sou mais que um ponto que se mexe por entre linhas desconhecidas. Trato-me entre magoas e alegrias e por muito que me corroa há de sempre haver tempo para me reconstruir, quanto? nunca o hei de saber.
Erros cometem-se e com eles percorremos estradas amarguradas, difíceis etapas que não cabe ao tempo resolver, podia mas a lição tem que ser aprendida por nós. Saberás com certeza que cada erro é um desvio atribulado com diferentes distancias, umas mais longas que outras, mas, tal como o tempo, não podemos parar e ficar a contemplar a dor do amargo presente. Cada um de nós aprende de sua forma mas eu prefiro caminhar e ver os anos passarem, passar por estes bosques amaldiçoados e fazer de mim melhor que eu.
Construo-me, levo o meu tempo. Todo o que tiver que levar.

Deixas-me em duvida se linhas estão destinadas a se cruzarem ou se o nosso querer força esses cruzamentos e se sim porquê, resta-me saber se a pele se rasga como sorrisos passados ou se os olhos secam com o tempo ou se simplesmente estão destinados a se verterem interminavelmente..
Posso te acumular e encher-me de magoas, tornar a estrada infindável ao ponto de querer sair, acabar-me.
Mas, aprendi que o tempo é o nosso único companheiro neste traiçoeiro caminho solitário, nada mais que a nossa vontade de ficar bem e de entender, perdoar.

O tempo é senhor de si próprio, não serei eu nunca a obriga-lo a correr, cada um tem o seu. O meu diz-me que ainda falta, e eu acredito.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Desfazem-se as certezas e encontro-me já na barca, navego para longe com a certeza de que não irei voltar. Enquanto as ondas embalam-me as lágrimas o tempo acaba por as secar, e como tudo tem um fim,  nada mais me enevoa os olhos. A lua finalmente cheia faz esta noite ébria desfalecer em caprichos que não meus.
Caminhos voltam a dar rasgos de claridade e sei que não posso ceder a esta dor..
Torno-a imparcial e degusto do seu veneno, aprendo as suas amargas essências e cuspo para o rio, esse mesmo que leva de mim toda esta dor.
Eu quero sofrer, sangrar de mim o veneno e aos poucos ganhar resistência, beber da luz que a madrugada de me trás e olhar para mim, renascido deste leito de amargura que não sou eu. E com o tempo te aperceberás que mais que tu, eu serei sempre diferente dos teus medos e abraço o masoquismo das dores, mártir por um eu melhor todas as vezes que me refaço, posso não me erguer nestes trapos que chamo recordações mas hei de voar livre de pesos.
Pedras ou memorias más, todas que que venham no caminho eu apanho, carrego e reciclo, porque tal como eu, não são menos que o resto.

O barco pode ir pesado e demorar a chegar à costa mas o peso vai se desfazendo e sem falsas esperanças vejo que o dia pode trazes mais do que o que esperavas.
Eu não vou sair da barca até atravessar este rio e desfazer-me de todos estes espinhos. O caminho é longo mas o medo ficou para trás.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

A incapacidade da compreensão desta guerra interna, eterna. são passos que dou aos poucos para um consenso sem ceder lado racional.. Não, não é uma racionalização do sentir, é o maturar do coração. Sabes que o tempo passa e as feridas vão doendo cada vez menos, não significa que tenhamos aprendido com elas.. Tentas-te bater na ferida até sangrar? Tentas-te ver-te depois de humildemente aceitares uma realidade?
Não é deixar de sentir, é reverter o sentir, transformar a magoa em boas memorias sem que elas magoem.

Nem toda a gente sente-se como eu. Passou de um és-me para um eras-me, não deixas-te de existir, simplesmente já não me pertences, não é a mim que me fazes feliz. Cada um decide o que faz com o que sente. Eu prefiro sentir o que vejo, o que é real e aprender que se acontece não é culpa dos outros, a vida é nossa, partilha-mo-a com gente que não nos dá o valor.. ou não temos valor?

Sentes-me?

Sabes que não me tens, não me querias preservar como teu. Nunca sou o suficiente para haver quem lute para que eu fique, mas eu não esqueço, a dor permanece e se não chorar se não sentir esta magoa tão real então era porque essa pessoa não tinha valor.. Tu tens, valor que não acreditas-te que te dei. Mostras-te-me que não me dás valor, nem metade do que pensava.
Não me sabes, bebes do medo do passado que não sou eu. Devia de ter me apercebido..

Não te irei dar o gozo de ver as minhas lágrimas que me deturpam a visão, cortam o ar. Fazes de mim menos enquanto estás, ai, feliz.

Todos aprendemos, algum dia..

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O imparcial ananás na mesa de cabeceira

Certezas esclarecidas e imparcialidades de lado, não há porquê que tenho que me chatear e engropir em mim um espírito imaturo, infantil. Tive todo o tempo do mundo para o ser e os dias vão em frente, regresso a trás apenas para me magoar, sentir as flores a tocarem na minha pele enquanto ainda vagueio nos porquês.
Eu falei mas tu não, como se o medo te consumisse a língua, eu não mordo, nada de nada. O nosso tempo acabou, condenas isso mesmo com o silencio do dia a dia, o mesmo que te consumiu por dentro até ao ponto em que estamos.
Denso como nevoeiro enche o este espaço, o silencio. Impede a comunicação, entendimento verbal que ainda torna toda esta distancia maior.
O mundo enche-se a ele próprio de medos e não deixa que ninguém não os sinta como a sensação de que nos perdemos num labirinto, tal como o mesmo a qualquer correr e em pavor.

Não quero que acordes perdida com todas estas memorias esmorecidas e com este estranho ananás na cabeceira, o pequeno "recuerdo" de que não sou imaginário.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Incapacitante torna-se a dor no peito que me fecha a traqueia, nunca deixei que todas as esperanças se elevassem desta maneira. Entre o sentimento de raiva de ser apunhalado não há como não notar as lágrimas e todo o sofrimento por alguém que, mais uma vez, me tomou como um transiunde na sua vida, apenas mais um... 
As palavras falham-me, soluço, deixo escorrer as lágrimas em descontentamento com o que vejo.
Não me és indiferente, não és facilmente substituível. Não me vês, deixaste que todas as palavras corrompidas te enchessem toda a imagem do que sou sem realmente veres o que sou..
Foste a primeira de há meses que realmente me deu carinho, alimentou as esperanças. Se eu tivesse ficado o que teria sido? Nunca o saberei, nunca o saberás. Com o tempo espero que me vejas, que me entendas, que compreendas que por muito carente que seja  não desejo o toque de qualquer pessoa.

Tudo passa e isto, terá de passar, posso não valer a teus olhos mas perdes tudo o que sou. Se o destino quiser não serás tu, mas eu voltarei a ser feliz, não deixarei que o teu falta de apreço me leve a vontade de o ser..

Reconheci-te como lutadora, podes não me ver mas todo esta magoa foi me tornando mais e mais rigo, pedra, distante. Aumento os labirintos e longe de todos luto pelos meus sonhos..

Quero que me apaguem a memoria, quero começar do zero, quero estar longe de tudo.

Quero voltar a passar pelas ruas como se da praia se tratasse, erguer-me perante tudo e recriar memorias para que não restem magoas, mas sim sorrisos. Não sou um monstro que magoa..

Sou apenas um monstro magoado.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Uma carta impessoal..

Vejo os dias passar entre lágrimas correntes, as horas são torturantes em saber que não me falas. Mantens o silencio como castigo deste meu erro, lições que tenho que aprender. Sou, como tu, humano. Erro e tenho medo, faz parte da condição humana..
Vejo-te, em sonhos, em fotos e nas memorias que ao mais pequeno pormenor voltam a meter-me a sonhar acordado.. Recordarei-me sempre quando te reencontrei, finalmente, após horas de viagem e outras que tal de espera, lá vinhas tu, meio perdida à procura da "grande mancha negra" que conseguiste ver. Sorrimos e sem tempo para palavras beijei-te em desequilíbrio pelo peso das malas, que sem querer, carinhosamente me ias atirando ao chão.. Pequeno detalhe que não irei esquecer, marcou o inicio de uma das melhores estadias de sempre.. Todo esse tempo se entrelaçam nas horas ao telefone na ansia do dia..

És diferente do que te conheci, cresceste e trazes contigo a força de querer seguir em frente. Mostras-te ser mais do que alguma vez esperava. Os anos passaram e moldaram-nos, mudamos para melhor com o tempo. Sei que somos capazes de mais do que isto, sei que errei mas não estou sozinho.
Queria que visses o que vejo, queria sentir o teu toque e ouvir baixinho no meu ouvido que estava tudo bem, queria..

Queria correr até aos teus braços e sentir que isto tudo não passou de um pesadelo..

As horas passam-se por entre lágrimas correntes, dores de cabeça e soluçares intermináveis.. não me podes acusar por não gostar, porque sabes por entre a alegria das memorias corre a angustia de não te ter, não conseguir te mostrar o que sinto e o que realmente quero. I'm a creep, i'm a wierdo.. i don't belong here..
Se pudesse dava tudo para voltar a ter-te nos meus braços, fazer te sentir segura, desejada e amada...
Não sou perfeito, ninguém o é, ninguém irá ser..

Faltas-me.

domingo, 19 de maio de 2013

Sei que não me sinto, não sei aonde estou e tremo em pavor deste "desconhecimento"..
Passam-se horas como dias no sufoco de não saber, as crises que não abrandam faz-me pensar que perdi-me de vez. Eu olho para trás e vejo os erros, não sou cego.

Tenho a mão estendida, o braço dói-me, tenho pena que seja invisível . ou simplesmente esteja demasiado longe para me entenderes..

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Custa a compreender os sentimentos de outros em todos os níveis  as duvidas as fraquezas e as incertezas fazem de mim humano apaixonado, não o amigo da queca.. Passam-se anos de adeus e de desilusões e no dia em que entenderes que eu não sou mais do mesmo pode vir a ser tarde.
Sabes, eu não me contenho, eu sou transparente, preciso de mimos e certezas para estar mais que firme e forte.. na relação há duas pessoas, compreensão e calma de um quando o outro se passa, compreensão e compaixão pelas crises do outro, apoiam-se e estão lá como amigos respeitando-se mutuamente...

Não sou, não serei perfeito, nem tu nem ninguém.

Se tens medo de mim perdes tudo o que sou, isso ninguém te irá dar.. é pena quereres ver o fim tão cedo, se irei sofrer? sim, porque gosto de ti e não tive medo de gostar.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Tremo, faz tempo que não te escrevo eu sei, mas tremo, por todo o lado.. grito, por dentro, sinto o peso do que está para vir, é grande ao ponto de não conseguir respirar.. sou apenas eu a ter mais uma crise imatura das  minhas que se mistura com ansiedade e pânico.. Sei que sou apenas eu a criar todos estes medos e monstros mas isto sou eu a querer ser mais sabendo que nunca irei ser metade do que passado ai jaz..
Eu tento, todos os dias sair deste buraco e mostrar-te que mesmo estando aqui que consigo ser, estar ai..

Sei que não serei metade do que ele foi, nem serei um pilar na tua vida, nem agora nem daqui ao tempo que for preciso.. eu tenho medo, eu sei disso.
Eu sei que todo o manto de kronos desce agora para nos testar, sei que por muito forte que seja, sou apenas um.. Só queria que a tempestade parasse, que as lágrimas não caíssem e que o meu peito não doesse..
Queria apenas me deitar e sentir-te no meu peito e ouvir-te, apenas saber que te sou como me és..


Medos, inseguranças, tudo faz parte quando gostamos mesmo de alguém.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

nº 100

A 14 de julho de 2008 pus termo a outra parcela de desabafos e recriei-me, falei, chorei, sorri e em muito momentos de angustia pessoal foste tu que acartaste com todas as palavras que de mim escorriam..
Passaram-se momentos de feliz silencio aqui, mas não há magoa que não retorne e como a chuva que é certa no inverno recorrente. De mim muitas foram as noites que passei a chorar por quem inconscientemente não via, porque eu não sou maior do que um nós e infelizmente não sou o que procuras. Tu e tantas outras rebolam-se em grande mantos de "eu" e não se apercebem do que para alem.. e, como qualquer outro, eu, fui redescobrindo a solidam de todo este quarto aonde permaneço, anos a fio..
Guarda memorias de há muito, retoca o saber da amargura e ensinou-me a sobreviver aos abismos que explorava. Não me fez perder a esperança de encontrar a luz que vejo por trás dos olhos de cada um..

Só não aprendi a ser frio, a racionalizar o gostar..  talvez um dia, daqui a mais 100 posts irei ter uma visão diferente, porque não espero ser feliz, eu quero ser feliz.

sábado, 20 de abril de 2013

Descabida é a noção de toda desta dor, incapacita a compreensão da fraqueza humana e supera toda a vontade de sorrir.. Porque entre magoas e esperanças vejo o meu coração a entorpecer  mingar pelas escolhas de outros. Não há nada que possa fazer porque todo o heroísmo romanceado dos filmes não tem repercussão na vida real, pois o romance não passa de desculpas falaciadas para uma acertividade de um domínio frio e sem sentir.. Tal como a racionalização do gostar, um grande embuste para um caminha sem sabor. Soubesses tu o que a lua diz e todo este mundo podia ser diferente..
Odeio esta visão que não a minha, tão pálida e moribunda, como um deserto cheio de necrofagos a espera da queda de alguém para um impiedoso ataque carnal para apenas um descarte dos ossos, como se todo o nosso ser não merecesse o cortejo imperial mutuo, como os antigos entre olhares e flores, a cantatas e corridas pela floresta. Sabes que a mãe nos dá a mão, dá-nos todo este vasto manto de beleza que teimam em destruir, desacreditar e com punhais assassinam os românticos pois não há espaço para quem sente na pele toda a fragilidade do mundo..
Gostava de conhecer alguém que em coerente mente se desse abertamente a um romancear pacifico, que por entre as silvas florisse e me cativasse  sem falsos pertences, porque sabe-se que não estarei longe de perder a minha ultima pétala..

Só não queria que viesses quando nada mais restasse se não o monstro em que me transformaste.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ecoam as cordas que toco e em sigilo guardo um pouco da dor nestes acordes que com o correr das lágrimas se deixam levar por este silencio, veio de ti a alastrou-se por esta sala a fora. Recordo que todo este azar não me larga e seriamente vejo que as minhas palavras não passam de verdades que ninguém as aceita, nem eu queria aceitar as verdades que se desprendem da minha língua. Medos reais, tanto como este vazio e este silencio que tento quebrar, mesmo sozinho. Toco horas a fio para o publico que não existe, um salão de memorias, as mesmas que me apontam o dedo e fazem com que a negritude deste silencio cubra-me o corpo. Não sei mais do que as lágrimas que escorrem longe do sorriso e da energia que emano..

Sabes, eu tento todos os dias não chorar. Encho-me de distracções, corro as horas  longe do silencio e de toda esta tormenta.. Todos estes nãos, toda esta realidade, toda esta sorte deixa-me sem força. Não consigo lutar mais por ninguém, não consigo que vejas o que não queres ver.. 

Todo este redopio confunde-me, baralha-me, mas não faz com que as lágrimas parem de correr, e talvez um dia, sim um dia hei de ficar bem.. talvez um dia, não hoje.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Fortuito o momento em que vejo que tudo o que parece se desmorona a meus pés, não mais que há horas que me inteirei de toda esta maleita de que sofro. Sei da sua existência há meses e bastou-me uma pequeníssima conversa para me perceber que de iludido passei a "entendido".. Não cabem em folhas nenhumas o que vi de ti e o que me fez a mim, passaram-se meses e tudo isto ressalta a meus olhos, desde o momento em que pensava não ser ao momento te vi.. Não me fazes mal nem te quero fazer mal, tenho apenas o azar de não ser o teu sol quando há muito que és a minha lua.. vejo-me então perdido em caminhos que não sei, dores que não quero passar e ausências que frustram o meu ser.. sabes, não és menos do que pensar nem muito mais do que imaginava, mas és mais que o suficiente para te ver nas estrelas que me guiam a estrada.. sabes que é horrível te ver em caras que não a tua.. tudo acontece por uma razão e não nutrimos sentimentos por quem não nos é nada..
Sabes eu não te queria confrontar e mostrar-te o que penso porque eu sou frio e mau e não tenho pena da verdade, sei também como sentir que há mais por baixo das palavras.. também sei quando estou simplesmente louco. Mas sabes, fi-lo, com todas as lágrimas que não viste mas fi-lo porque precisava de saber, só queria saber o que estava ai dentro sem um não glaciar.. apenas um pingo de esperança.. mas sabes, tu descongelaste o meu coração e não descongelas o teu, porque não queres que seja eu o sol do teu dia, simplesmente escolheste o sol de outra pessoa, mais que eu, e só tenho que aceitar as decisões de quem não quer voltar a amar..

Empatia por alguém não nasce nas árvores, carinho não é o fruto na árvore alheia e o coração precisa de respirar.. talvez o meu tenha estado demasiado tempo exposto, pode ser que desta gele de vez.

domingo, 31 de março de 2013

Vejo-me, incapaz de te fazer algo contra esta secreta contemplação. Derradeira batalha contra o coração, uma racionalização em prol do bem que não consegues me dar. Não saberás ao certo o quanto o teu apoio fez-me limpar as lágrimas e fazer voltar a acreditar que há algo em mim possa valer.. p'ra quê todo este esforço de um levantar deste ego caído? o que vale o brilho nos meus olhos quando do seu canto correm lágrimas . Sabes, todos este nós revolta-me. Faz-me ver o valor que não tenho, um respirar inglório.. Vejo-te ainda ai e eu devia de aceitar o que me dizes.. mas sabes eu estou farto de não poder gritar, abanar ninguém  fazer ver mais para além.. Ninguém fica, porque é que ficas? Sei que hás de ler isto um dia e se ainda for a tempo gostava que me entendesses quando digo que não te quero longe, quero-te perto, perto o suficiente para te poder proteger contra as as duvidas e os medos, receios mil que tens pegado e atirado à parede e sabes, não estás sozinha nesta caverna, não quero apenas ser o ajudado.. quero ajudar também sem que fujas e tenhas medo de tudo que há para lá.. porque lembraste-me que eu sou como me conheces e toda esta transparência é real.. Não te vás, eu cometi o erro de me apaixonar por ti e sem ti toda esta realidade torna-se monocromática, sem sabor, sem harmonias invisíveis..

Vejo-te um pouco em todo o lado e vejo-me incapaz de te esquecer.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Tenho na garganta mil palavras presas que não podem sair com ninguém.. não iriam compreender, explique com as mil maneiras de escrever ou tecer, vomitar notas em pautas não é o suficiente para mostrar que guerras se travam em mim. Toda estas cordas dão nós e cá fora anseio por apenas um carinho para conseguir acalmar.. sabes, eu estou pior do que aparento. Podia estar a divagar horas em maravilhas mil de pássaros ou crianças a sorrirem, e explodir como uma piñata de alegria.. podia também recordar maravilhas e alegrias passadas mas tudo este mundo parece-me tão pequeno e eu não consigo acreditar que os pássaros iram cantar para mim se algum dia alguém vai cantar para eu me acalmar. Estou farto de ser este grande bicho azarado..
Estou farto de que me vejam sem me verem, que me falem por alto sem ouvir de baixo. Como é que não vêm através deste grande vidro que sou, um livro aberto nas paginas essenciais e qualquer um pode ler, como é que não me lêem? será apenas um caso de iliteracia mental ou apenas eu que venha escrito numa linguagem estranha? Sufoca-me estes Qs, são apenas simplicidades minhas que complicam os outros, mas como... queria que visses o que te quero, não um mar de rosas pois elas picam. Queria-te na sala, no dia a dia não fantasiado porque muita imaginação já nós a temos, queria que na sala houvessem animais e um sofá gigante.. podemos esquecer os animais ou o sofá.. porque no fundo, eu só queria ser pequeno no teu colo, só isso.

domingo, 24 de março de 2013

Trespassa-me a consciência toda esta incerteza, perturba-me e consome-me a alegria como com fortes certezas que não me queres.. estabeleceste isso em mim e recordas-me sempre. Sabes, eu sou estúpido eu deixar o meu coração comandar o navio que é este corpo porque todo ele se desfaz ao vez que tu viras para longe sempre que tento chegar.. Não sei se é tarde ou se é cedo, não sei absolutamente nada, estou no meio deste mar perdido a atirar pedras e a gritar por todos os meus poros esta dor, voluptuosa e majestosa dor que cresce como uma erva daninha a alimentar-se do leito que é este rio de incertezas, doces duvidas de aonde se alimentam.. vejo-te, ao logo a partir para outras costas mais seguras.. e quando decido fechas os olhos e virar-me para dentro, tu, estendes-me a mão.. porquê? 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Hoje não me consigo complicar, estou a tua frente contigo a sorrir para mim como se nada fosse e por dentro eu grito, choro em cataratas que não vês e não te apercebes.. Sabes de certo modo é bom, saber que não vês o quanto tens crescido em mim, porque alguém como eu não te faria bem..
E tu sabes bem disso, porque por dentro eu estou feito em destroços de castelinhos, vidros aonde me sento sem conseguir sentir mais dor. Não quero que algo que não está bem esteja contigo, porque.. porque não sou só eu a preocupar-me com o que eu preciso.. já chega disso, devia te soltar e deixar-te  voar sem este peso.
Mas em mim tudo treme por poder simplesmente perder uma hora com as lágrimas a correrem no teu colo, silêncio pelas feridas que quero curar, porque queria estar bem, e ser bem mais como sempre te disse..
sabes, tens razão, eu aponto para as estrelas quando apenas mereço o fundo deste mar.

Queria que ouvisse toda esta revolução que aqui vai..

quinta-feira, 7 de março de 2013

Desfazem-se na eternidade incompreendida que são estes dias, a esperança. Li por mim o que me reflectes e doí mais ver que passas o que passei. Isto torna-se um labirinto em mim que qualquer volta dá para a mágoa regressar e por mais que evito pensar mais a minha cabeça se enche de torpidos pensamentos..
Todas estas paredes se erguem e as vezes tento cortar por entre as tuas magoas, mas como tantos outros não passo de um anão perdido no labirinto que criei, como sendo desculpa para tentar me afastar do "tu".
Sabes o quão difícil se torna não te olhar com um olhar terno e meigo de quem quer proteger e cuidar?
Estarei sempre longe de ser o que alguém precisa, eu sei.. mas não sei deste eu há anos, talvez seja por te querer bem.. mas certo é o que sinto e que não me desfaço disso, porque os dias passam e aos poucos vejo-te com outra luz.. é pena ser apenas mais uma sombra.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Hoje apercebi-me de toda a dimensão de todo este ardor flamejante, todos estes anos passaram e toda esta dor não acalma..
Sei que só uma ou outra pessoa sabe do que vou descrever, mas é aonde estou.
Passaram-se vários anos mas esta viagem nunca acabou, o coração permanece a sangrar e todos os tons que saem das colunas repetem-se num eterno balançar como se tratasse de um baloiço por cima de um lago de memorias, lago cheio por todo este rio de magoas que saem de mim. Sabes-me pelo choro silencioso na viagem do passado até ao aqui, todo este ardor faz a minha pele morrer, e tudo o que parece terminar rapidamente se torna num chover incansável.. Sabes, não posso ouvir aquela melodia desde esse dia porque ele cantou-me ao ouvido toda a minha dor e revejo-a sempre que assim me sinto.

Quando a viagem acabou lembro-me do alivio que senti após todo este sufoco.. o problema é que já não estou nesse carro e toda a dor volta ao cair em mim.. e toda a luz que parecia dar esperança de algo bom, apaga-se..

Não sou uma luz, preciso de uma, porque por dentro sou pequeno e tenho medo do escuro.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Há caminhos que percorremos uma e outra vez, até que algo nos cai em cima e escorregamos até ao inicio. Entre densas opiniões e escolhas difíceis lá assombram palavras que vêm carregadas de luzes que iludem e alimentam a esperança de há mais alguém que me ajude a sair deste pântano.. mas como sempre, tudo isto não se trata de mais que pura ilusão, baseada no desejo de sair bem..
Ninguém está do outro lado, apenas ecos de pessoas que passam, pessoas que estão ocupadas com mais do que mil tormentas para olhar para trás..
Também te ouvi, longe, cada vez mais.. e eis que cais em mim e estupidamente submerjo com o inicio que de infortúnio se cobre.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

muralhas de razão

Em todos nós se erguem castelos, torres infindáveis e claustros de sublime beleza escondidos nos templos da nossa mente. Tudo isto sendo a fundação de nós próprios e em nós as intermináveis historias que vamos escrevendo guardam-se sobre todas as formas.. Cada um se vê de maneira diferente e todos nós vemos os castelos, uns maiores que outros.. de aldeias a vilas e de vilas a metrópoles. Toda esta grandiosidade trás mais de cada um e cada um colhe os frutos que estes castelos trazem.. O tempo passa e assim se vêm os melhores a permanecerem e a florirem, mas nem todos são assim..
Há cidades em ruínas com torres sem escadas, pedras a desfazerem-se e claustros secos em templos cobertos no vandalismo deixado por todas à sua passagem. Cidades que não chegaram a ser e muralhas assombradas pelas flechas e que continuam a arder nos corpos que espalhados por todos os recantos não deixam que se apague a memoria do porquê de continuar assim.. Rei de seu reino não ri, apenas usa uma muralha e trabalha, sem esperança, com a certeza que mais uma torre vai abaixo.. Ele não é a memoria que possa desabar nem o sentimento que seca, também não faz parte dos corpos que ardem. Tomava-se só e a penas como rei de seu reinos, entre os seus súbditos se sentia bem. Hoje? Hoje nada tem a não ser as mãos cravadas e um rosto que envelhece.. Não se mostra a outros reinos e enterra-se na presença de outros, pois tudo lhe relembra que tudo lhe lançou pedras por ser apenas ele. As mãos que estendeu foram cortadas e todo o lacrimejo ecoa dentro das muralhas dando a razão de seu nome.. cripta, nada mais que uma humilhante cripta sem valor, sem brilho sem talento.. Sabes que a noite se ouve todas as guerras e todas as lamentações? bem alto como se nunca tivesse acabado e por muito que fuja, ele está condenado ao seu próprio "castelo".. Sabes como me vejo?

Então sabes que não valho o olhar.. compreende que quando olham eu tenho medo. Medo de acabar mais uma vez como sempre acabo, porque ninguém quer uma cripta a seu lado quando encantos mil cortejam seus passos..

Talvez um dia volte a ter forças para limpar e reanimar todos os pequenos pedaços de mim. Só tenho medo e não estender a mão à pessoa que realmente mereça.. porque as muralhas caíram e cego de razão fico em não querer a ajuda de ninguém.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

dá-me um porquê..

Em tanta certeza duvido que todos estes raios de felicidade sejam merecidos ou se são simplesmente reais, porque sempre acabam num latejante lacrimejo que soluça por entre as batidas das musicas que cobrem os defeitos ruidosos de todo este estado.. sabes, de todas as certezas cientificas, tu não és uma delas.. Tal como na vida,que está repleta de incertezas de afloram este campo de chorosas passadas, tudo isto é como um ardor que se contorce por entre uma negação e uma negativa impressão do meu ser.. Sabes, eu não devia nunca ter deixado que o meu coração saltasse para as tuas mãos, é de relembrar que é cedo e que ainda estou choroso e caprichoso. Também nunca esquecendo que não estás bem e que por entre este sofrimento sei que existe preocupação minha.. também sei que o meu coração não é fardo bom para ninguém  porque sempre o partiram e pisaram por não valer o pouco que sou. Sabes, não te mostro as cartas que se vão desenlaçando dentro dele pois não sei se algum dia as aceitavas e toda esta incerteza esmaga-me contra o chão.. o mesmo que conheço tão bem. Não entendo a razão de me querer ver a sofrer quando em tudo o que é racional sei que não sou perto de suficiente para ninguém  nem agora nem nunca.. muito menos para ti que te queres longe de corações alheios muito menos de um que em silencio foge de todos e descarrega, toneladas de impacientes lamentações. Imagem quebradas, pele morta, olhares inchados.. mesmo assim limpaste-me as lágrimas uma e outra vez, porquê? o que valho eu para te preocupares comigo? é doloroso ser o pilar enfraquecido, o ribeiro mal tratado. Não quero ser a nuvem negra que anda por cima de ti, não precisas de uma criança chorosa e insegura de si. Sabes eu sou isso tudo e ainda mais.. alguém um dia pegou no meu coração e partiu, e até hoje espero que alguém tenha forças suficientes para o concertar. Mas, com o tempo aprendi que ninguém quer um coração partido.. e eu peço um porquê.. 

não sei, não tenho certezas, só duvidas..
a única certeza que tenho é que não sou o suficiente para te perderes em mim..
Talvez um dia, alguém concerte o meu coração.. eu gostava que fosses tu.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Há em milhares de ficheiros pedaços de memorias, o meu disco externo, tal como um báu de memorias recordou-me hoje de todos aqueles que passaram pela minha vida e que não se cruzam mais que uma ou outra vez na rua.. Muito se passou desde 2004. Toda a minha mudança, todo o meu crescer foi visto de um modo cruel, um correr de namoradas, amigos que entravam e saiam.. Todo um corro-pio lacrimoso que deixava guardado dentro de mim, tentando esconder todos os problemas que acumulavam, e lá no meio havia um eu que sorria de um modo em que hoje em dia é difícil.. posso dizer que todas as pessoas que passaram por mim foram importantes e ensinaram-me muito, e apuraram o que sou hoje em dia. Sei que ainda tenho muito que aprender com todos os remoinhos que passam por entre os meus tufões. Sabes, houveram pessoas que no acaso de conhecer trouxeram-me a coisas genialmente genuínas que não sabia que podiam sair de mim. Todo o meu eu foi trazido em conforto do desfalecimento que era a minha vida até aqui. O tempo ensinou-me a limpar as lágrimas e vomitar as dores em forma de sopa de letras, confusas para quem não me conhece..

Gosto de recordar pessoas que partiram e olhar com um sorriso para trás e não me arrepender de nenhum erro, gosto também de ver que os anos passam e permanecem e prevalecem as pessoas que importam..
O tempo vai escorrendo e todos os meu sorrisos vão se escapando por entre lágrimas deste meu estado.. gosto de ver que consigo sorrir e ser feliz..
Gostava de voltar a fazê-lo sem temer.. mas obrigado por estarem aqui.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Fazes-me falta, sempre fizeste ao longo desta vida. Tu como mais ninguém sabia-me e tirava-me um sorriso da cara com a maior das facilidades. Continuo pequeno e com todos os medos a que tenho direito.. eu vi o chão a ir-se embora, vi a tua vida a ser levada com os meus olhos.. Sei que cuidaste de mim sempre e sei que deves de chover em intemperes por ver todo este crescer ferido.. Nunca te esquecerei, sabes como sempre soubeste.. mas eu sei que não mereço qualquer raio de bondade. Nunca o vi, sempre me conheci num mar de sal que se alastra em rios.. e como toda a dor que vou co-habitando é difícil confiar-me outra vez a alguém.. porque me mandaste um anjo intocável?

Sei que devo levantar-me..
Sei que devo sorrir..
Sei que devo lutar..
Sei que não te devo tocar..
mas sabes? só queria ser feliz, correr entre a chuva e encontrar um sorriso comigo na chuva.. Um bocado de magia.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Por entre a chuva os carris aparecem  fazem com que toda a minha mente se desvie, se foque em pormenores que não meus, apaziguando esta inquietude que reina em mim.. podes não saber mas há dias que saiu para fora destas muralhas e deixo que a chuva me molhe, que o vento me corte e que o anoitecer me entristeça. Sem que alguém veja esse dia, entre tantos dias, passou-se por entre viagens, vozes, chuvas e mais que esta acalmia, o meu coração parou de bater. Houvesse alguém que visse o folgo a fugir.  Passou-se, mais um dia. Refaziam-se duvidas, criavam-se incertezas e recordavam-se pormenores do quanto toda a minha escuridão era ofuscada e lentamente afastada por um sorriso que se soltava em mim, criado por ti..

Já não sei como não ter medo de sorrir.. passaram-se horas, dias, noites, ao ponto de me ter esquecido o que era sorrir envergonhado.. mas lembro-me que a ultima vez doeu pouco tempo depois. Faz parte, um bicho como eu não tem direito a sentir o calor do carinho enquanto não pagar em oceanos de sal tudo o que fiz..

E com um simples olhar no espelho vejo o porquê.. e tudo volta a mim.

Gostava que visses para alem deste sofrer, eu sei que tento.. só espero que vejas um dia destes.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Passam-se os anos com diferentes processos de cura. Nada nunca parece ser forte o suficiente para me arrancar a carne que secou de tanto sal que escorreu por ela. Nem todos vêem o envelhecimento do sentir, a maturação das dores, que como ondas de ódio se armam contra qualquer luz que apareça.. Todos estes pequenos seres fazem parte da constante guerra que travo, todos os dias porque deixaram um buraco gigante em mim.. e sabes? Não consigo deixar de me preocupar, de cuidar, de atirar todo este egocentrismo para o lado quando sei que algo está errado.. sei me errado, confuso até. Não entendo esta força que se levanta em mim para os outros.. Como poderei eu gostar da criatura que sangra todos os dias pelos males de si próprio?

Passo dias em realidades fantasiadas a espera que tu apareças  como me sento no banco do jardim a espera de ti, no sonho em que nunca apareces.. Sabes que não te vejo e é estranha a dor de uma ausência que não se criou. Sabes, temo que ao te ver ai sinta a ausência certa, de apenas a presença que só posso imaginar que brilhe tanto quanto a aura que fazes emanar da tua voz..
É pena saber que vai haver outra luz que te levará para longe, um dia, como todas as luzes, tu também irás sem que eu possa fazer nada.


Por momentos, como sempre, pensei que a minha luz fosse suficiente..
Cais-me na tardia vontade de me superar, um querer adormecido que vou espremendo até ao meu limiar. Os tendões entorpecidos enchem-se de calores a zarpados, cheios de dores que não dão desculpas por se manterem. Sabes por certo que o dia cai e toda esta escuridão trás-me ao lado certo do pensar, nunca me deixando muito tempo feliz, pois a razão não tem que se encher de sorrisos nem o destino tem que por as pessoas a nosso jeito. Penso por vezes que tudo isto é um castigo, que ainda não sofri o suficiente para poder ter algo de bom..

E mais uma vez dou por mim com as lágrimas que caiem a falar contigo, sem que vejas o rio de desilusões que enchem mil razões para me acorrentar a duvidas e a inseguranças, tais que inocentemente só vejo quando está na tela que tudo não é como imaginava, e assim, com pouco se arrasta tudo ao chão aonde permaneço demasiadas horas a pagar dividas as duvidas que tentam desmembrar todos mil braços da força que tenciono sempre alimentar com esperanças e ilusões. Tendo o cego a felicidade daquele que vê prefiro cegar e cair, porque não sou feito de gelo e sinto todo o meu pelos poros da minha pele.. E tu, que passaste por tanto desististe do lado quente como tantas outras e eu passo a ser apenas mais um a chorar o sangue que apodrece o coração.

Fartas-me as razões, vês como me desmancho e preferes ficar pelos sorrisos, porque o que não nos doí não nos interessa.. e sabes, devia de tentar mais um vez, desta vez era gelar-me em razões. Longe, até ao dia..

Mas não seria eu, seria apenas mais um nesta gélida floresta.. prefiro não te atormentar com este triste eu..

Não me és, não te mereço e assim me perco longe da luz, à sombra da lua, aonde o meu rio correr.. aonde espero que nunca caias..

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Perco a noção dos dias que passam, descrevo-me como feliz entre conversas.. Eu sei que não me lês, nem vais ler mesmo que abrisse o livro. Embora passem os dias e as conversas continuem quentes não há nada que me deixe mais frustrado que esta insatisfação.. Sou como sempre fui, apenas um vidro sem interesse aos olhos de todos aqueles que notaram a minha existência..

Mais um dia passa, o sol nasceu e pôs-se, o frio encheu a noite de tremores e a lua recorda-me das lágrimas que não param de cair.. Relembram-me de toda a luz que és e tão pouco que sou..
Sabes, acho que me perdi..

Estou farto de saber da minha insignificância, quero que vejas a luz que emano de dentro de mim..

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Como em mil historias de minha criação passo sempre por tormentas mil, tornados e tufões de sentimentos que me arrasam em segundos.. de incertezas a fraquezas complico e crio muralhas, centenas para não me magoar e como idiota que sou destruo-as com o coração nas mãos e faço-o despedaçar-se sozinho em ciclos que vêm sua vida prolongada por eternidades que ecoam neste grande vazio que cresce em mim. Estou farto de me dar, quer me acabar. Findar com o condenado ciclo de que não tem fim se não o fim de si próprio  Coloquei-me em tempos para acabar o ciclo, tive sempre um grande monte de nada que me tratava como apenas um corpo manipulável, como sempre, por muitas habilidades que o cavalo tenha, basta encontrar um defeito para ser abatido.. é pena que com tantos defeitos e não posso ser eu a ir em vez do cavalo. Sabes, o mundo torna-se lindo quando no seu fundo vemos o nosso sangue a escorrer pelas suas entranhas, céus vermelhos que enchem de sorrisos muitos, aqueles que enamorados pela vida que outr'ora foi minha.
Não vejo raios de sol nem mãos para me agarrar e por mais que espalhe o meu coração, perdão ou insatisfação, nada, mesmo nada se manifesta.. Passam-se dias, horas, semanas, noites e meses e tudo isto que gostaria que visses está para alem da tua visão. Tal como esta pequena fogueira que me aquece o sorriso ao ver apenas uma foto tua..

Não sou o suficiente, nunca fui para ninguém, para quê tenta-lo ser para ti, que és tão mais do que eu..

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Simplifico, ou tento mas toda este labirinto que crio faz como que todo o meu ser se enrole. Cria-se a problemática de simplificar sem perder todos os floreados de uma extensa ligação.. Sem interligar-me a rede vejo os sons como extensas matrizes interligadas por harmoniosas junções de notas, em todo este manto que cobre o ar, eu como todo, sentimos-nos em casa e vê-mos apenas o que é suposto.. Não te irei perguntar por isso tira a magia, tal como não irei desenlaçar as notas que se cruzam nas palavras. Tudo isto por se tornar ridículo e fazer tudo andar em mil ruelas da minha mente sem qualquer sinal de avenida, porque  não sou feito a partir de um "modelo simplificado", gosto de complicar..
Está na minha natureza levar a luz da lua atrás de mim, esconde-la entre as árvores e dizer que eu a perdi. Com isto peço sempre a mão que pego e corro a procura dela para te mostrar, como com tudo, levo-te o tempo em troca de um pouco da magia que ninguém quer ver..

Estou fora de moda, fora de tempo, mas sou eu.. apenas e envergonhado como sempre. 


Nós temos dias que não são dias e desencontros certos que todas as tagides se encarregam de serem certos. Entre cidades e rios só sei que esta minha cidade me atormenta com roncos de certas desilusões.. Sabes o porquê de nunca me veres? sabes se sou mais que uma ilusão?
Nem eu sei ao certo como me sou..

Hoje estou farto de desencontros e de ser invisível  queria que me visses e teus olhos falassem com os meus e parassem esta injusta ansiedade de querer saber. Queria ficar perto, mas sei por certo que não há de ser real..

Talvez a visão turva se dissolva debaixo do chuveiro e todas estas ânsias desçam pelo cano, talvez, hoje não é um bom dia para se falar..

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Andamos a vida toda desencontrados, não nos falamos e arrependemos-nos piamente de todos estes nossos medos. Todos eles pré concebidos para que qualquer tentativa de romanticismo se torne um atentado ao conforto dos outros e todas aquelas faiscas perdem-se por entre pedras da calçada e nunca ninguém as vai apanhar.. Acredito que ainda haja alguém algures que entenda estas pequenas questões e se sente comigo a beira mar e debata comigo o porquê de não nos deixarem ser felizes..

Sabes, com o tempo acho que nada, mesmo nada tem grandes horizontes quando nos condenamos a contentarmos-nos com o que temos, e arranjar desculpas ou justificações para amores calculados ou "percalços" pensados não me trás mínima satisfação, irritam-me tão solenemente que abandono qualquer espécie de razão e disparato contra todas destas paredes surdas que se fazem à minha volta.. Eu não justifico o meu coração nem procuro razões para tudo. Pois tudo o que é preciso se explicar é simplesmente confuso e pouco sentido..

Sabes te ver ao lado de alguém que te lê o coração?

Se existires, espero não me vejas quando este meu mar secar.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Cansado desde peso deito-me sem verter mais que silencio. Toda esta apatia desilude-me e enche-me de medos, em tão pouco tempo aconchega-se ao leito da certeza de mais uma rejeição e com esse cobertor se tapa e esconde-se, esconde-se de mais um não que vai ser recorrente e sempre latente. Não suporta mais uma desaprovação, quero-me em paz e feliz.. mas quantos nãos estão guardados até poder voltar a sorrir espontâneamente? quanto mais veneno tenho que beber até desfalecer todo este azar?

Hoje estou cansado de estar acordado.

domingo, 27 de janeiro de 2013

As horas parecem-me sempre vagas e dou por mim a divagar por entre pó que vagueia pelo ar. Os dias passam na calmia de toda a dor que passou e pequenos sorrisos vão aparecendo por entre as gargalhadas que se soltam ao ver as palhaçadas de pessoas que não me cativam.
Deixo os dias passar, revendo-me em horas tão mortas quanto as borboletas que caíram no esquecimento e nada mais me transtorna, sendo sempre bom saber que a dor foi compreendida e acolhida no meu leito que não queres entender. Sou assim, serei assim, não mudo nem guardo para mim as dores quando estou em austero ambiente de solidão, como não me mascaro de bobo feliz em enchentes festas de enibriantes e sorrisos nocturnos..
Já não te quero, pra mim, não és tudo aquilo que procuro, e sabe bem este meu silencio. Refaz-me sempre em marés de obras em pedra.. e em todo o meu eu me levanto e acarinho estas maldita cidade, porque mais em casa não me sinto e é pena não poder partilhar isso como ninguém, mas também ninguém nunca teve a força que tenho para aguentar os outros, e eu não vou aguentar ninguém que não me aguente..

As horas continuam brancas, esvaziam-se entre fumos e ruídos ou apenas silêncios que se enchem de chuva, as mesma de que não fujo e me deixo ficar sentindo apenas que sou real..

Queria que ficasses, me ouvisses, me acarinhasses, mas partir foi a escolha mais fácil.. não quero que voltes quando tudo estiver bem, não mereces o melhor de mim.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Desenterras-me aos poucos e reconheces estas incuráveis feridas da pele, sabes-me e apoquentas-te por me ver. Sempre negaste toda a minha existência e refereste-te a mim como o defeito que há em ti.. Não podes em tempo algum eliminar tudo o que sou pois faço parte do que és, sem mim não te conheces e não aprendes a lidar com todo este rebuliço que é o silencio do teu quarto. Passamos anos de tormentos juntos e em tempo algum te deixei cego ao que se passava e mesmo assim fechaste-me em cavernas que só dás luz quando alguém parece realmente merecer ver o teu outro lado.. mas sabes, bem, como sempre soubeste que ninguém me devia ver. Sou o quasimodo da tua existência e não podes mesmo libertar-me porque ao contrario do desenho eu sou real e incompreensivel ao toque. Porquê tanto espanto e sofrimento por alguém que não te conquistou? perdeste o toque?

Soubeste sempre ver e dizer que não é tarde, mas é demasiado cedo para nos irmos.. sabes que a chamada nunca foi desligada e todos os dias faço por ignorá-la por ti...

Eu sei que não me queres falar e não queres me ver, desculpa se nasci em ti.. as escuras me meteste e as escuras fico porque ao menos lá sei que não me querem mal.




Conversas de mim para mim..

domingo, 20 de janeiro de 2013

Sou-me em larga escala como uma cidade ou prédio que tem restrições. Vêem-me?
Não, sou demasiados para ser apenas um, como tal um corpo tem que chegar para todos.. assim sendo torno-me num prédio de vários andares que quanto mais alto mais desconhecido é.. já alguma vez te deste a pensar porque é que não me conheces bem?

Sou apenas eu em mim próprio deixando os outros fora, qual a magia de estar aberto para qualquer um ver? quando não me entendem?

Salvo em mim tudo o que sou, não fui feito para agradar a todos, nem todos têm a coragem para se enfrentar a si próprios para me compreenderem. Não vou matar nada do que sou por alguém que não me é eterna.. e todos os meus eus sonham em campos que metem medo a cada um que me lê, porque a dor é mais suportável se não for fundo e é mais fácil não sofrer e viver num mundo insatisfatorio do que lutar pelo que realmente queremos..
Sabes o porque de tanto silencio e tanto reflectir? são apenas coisas, coisas que vêm e me dão luta, sempre e vão dar até que me ajudes e se vão até te ires..

Mas sabes, com o tempo tudo se tornou mais suportável e esta minha solidão tornou-se suportável e agradável, refazendo tudo o que sou até ao dia..

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Desfaço as desculpas que crio a volta de mim, que me protegem contra a magoa de nãos consecutivos e desfaço-me de todas as ilusões, em questões que tão minhas enchem este ar que respiro. Nada em  tempo algum fazia-me imaginar que alguém sem me tocar conseguisse estremecer todo o castelo que é se não parte de mim.. Nesse mesmo sempre sonhei alto e sempre cai pelas escadas em terreno seguro aonde tudo me é fácil, aonde todos os meus padrões se escondem e me atacam para me levantar! Sabia que um dia tu irias aparecer, não sabia o que iria acontecer e como sempre acabo sempre por fazer asneiras e a destruir tudo em minha volta.. posso tentar lutar pelo contrario mas nunca nada de bom fica e difícil é saber se algum dia alguém me percebeu..

Eu caiu e levanto-me todas as vezes, sem mais pego em todos os pedaços e refaço-me, defendo-me e mantenho-me leal a mim próprio e como sempre tentei pegar em tudo o que é de mim e repôs-me neste meu eu mais que nunca tentei fazer o impensável como sempre, mas nunca, e acredita que nunca sosseguei, nunca fiquei quieto e tranquilo, sempre quis mais e maior e mais forte e nunca desisti de magoar uma e outra vez.. ciclos que por algum motivo ficaram no chão.. eu ainda me questiono o que tens, pr'álem de seres tão maior que o meu eu esperava.. e horas a fio volto a questionar-me como tão pouco foi tão grande ao ponto de sucumbir com a memoria de  uma possível tal..


Mato-me para quê? quando não sou eu quem procuras.. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Intenda-se que não estarei perto de ser entendido quando digo que quero falar, pois palavras não chegam para demonstrar tudo o que está dentro de mim e mais difícil é ver que por mil palavras que diga ninguém as entende.. Não sou maluco quando digo que entendo e compreendo, não sou maluco quando digo que em ansiedade espero qualquer sinal teu para poder te dizer que quero esperar e ir pelo caminho mais longo se for preciso mas também quero ver que entendes que quando digo que estou aqui não é só para ver arco-íris e unicórnios encantados!  Sabes que sou peixe de fundo, sempre me trago ao de cima e trago outros que não pertencem cá em baixo.. todos nós temos uma hora de sair do fundo e não vai ser hoje mas já está na hora e eu não me vou embora sem deixar uma corda presa a ti porque mesmo que não me pertenças também não pertences lá em baixo.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Em todos os cantos vemos defeitos e falhas que não nos agradam.. sempre me contentei superficialmente com alguns pormenores que me juntavam a outras almas.. até ao dia em que a insatisfação foi tão grande que peguei em mim e fiz-me ao mar de infinitas possibilidades para encontrar a metade desta laranja, deixei de me contentar e de acreditar que em tempo tinha perdido a peça do meu puzzle. Fartei-me de me contorcer e de me esticar para os lados, expandi e expando-me todos os dias em modo de me tornar o mais completo possível e achei um sorriso sozinho e a toda uma força impensável de me mexer em direcção de um futuro que tenha deixado de acreditar. Pensava que era uma mudança que viesse com o tempo mas tal como tu, tudo me caiu em cima como um asteróide que devastou tudo a volta e sem pensar mais peguei em todos os pedaços e recompôs-me e recuperei para te encontrar..
Sempre fui criticado por ser incuravelmente estúpido por acreditar que um dia iria encontrar a minha metade, a pessoa que me lê-se os olhos sem me conhecer e me fizesse rir ser esforço, que entendesse o meu lado negro da lua e fosse justa para mim.. com os anos essa ideia que parecia desvanecer só ganhava força com a vontade de um dia ter uma família, ideias que me eram cortadas de salto em salto..
Fartei-me de ficar de braços cruzados quando me caiu em cima que de todos nos nós só eu sou o culpado dos meus erros e se não os der não aprendo e desistir não se torna uma opção, quero te enfrentar, quero levar-te contra a parede e mostrar-te que sou homem e que vou lutar.. Porque eu não sei o que há dentro de ti, nem como toda esta ligação mas só sei que não vou desistir e baixar os braços porque estou farto de desistir, por uma vez na vida quero lutar por alguém que mereça, e estou farto de não merecer ser feliz!
Sabes-me, como te sei mas não me és como não te sou..
Mas quero ser, porque sim um homem também chora mas se chora por alguém é porque essa pessoa vale a pena.. não sou muito de chorar, sou mais de escrever e berrar..

Todos temos tempo, só sei que não vou esperar demasiado.. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

E se tudo o que sabes mudasse da noite para o dia?

Sabia-me até ao dia em que este turbilhão de pensamentos, que em excesso os repito, me atirou para o outro lado do meu pequeno ser.. E se em vez de fugir eu ficar, ouvir tudo na mesma mas com um sorriso sem uma única lágrima. Um ficar mesmo se ser o motivo de todo deste rebuliço.. E se eu quiser? eu posso querer diferente para ti do que quero para mim, todos nós sofremos e não queremos ver os outros a sofrer mas e se eu disse que estou bem? e se eu disser que fico melhor se te vir a sorrir? e se eu te disser que te compreendo, se disser que sei que isto é demasiado rápido, e se eu disser que quero esperar para ver mais.. ver até aonde o sol cai e aonde ele nasce..


Sabes, eu tenho medo do silêncio..

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Ebrios, secos do fulgor da respiração.. as lágrimas não têm intenção de findarem e todas estas palavras mais  que papeis que guardo na carteira atormentam-me os sentidos e fazer de si um alimento de ciclos que se alimentam de mim e se vertem dentro de cada lágrima.
O saber de uma perda pode não ser o mesmo deste caso, pois tudo se passou sem a confirmação de todo um fim, pois não houve um inicio. 


Não gosto de meter bandeiras de aonde começam todas as coisas.

Posso divagar contigo e deixar-me adormecer nos teus braços? aturavas as minhas lágrimas?

Poderá um dia dar de mim mais um pouco para te mostrar tudo o que há aqui, abrir todas estas janelas e mostrar o meu pequeno mundo.. talvez um dia querias ver o que realmente há dentro de mim..

Chega.. por hoje, por agora e pelos próximos tempos.. nada em mim podia ser tão maior do que isto que ninguém vê..

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Entre berros e ondas que rebentam em meu corpo nada entende estas desavenças com o mar, nunca as tive. Tive que te enfrentar e chorar só para saber que és real e sabes? irritas os deuses por moveres montanhas e rios de lágrimas que pensava que tinham acabado.. nunca vi a lua tão zangada comigo tal como nunca gritei tanto contra o mar. Toda esta corrente puxou de mim a irritante mania de não me controlar e de falar demasiado.. 

Um dia hei de entender-me, enquanto isso, prefiro voltar a deitar-me no teu colo e receber mimos porque venham quantas tempestades vierem, cá dentro não vou deixar de ser um menino que se deixa derreter com carinhos..
Custa mas passa, se quiser, mas não quero.. não quero mudar a minha mente.. eu falei, mais de que algum dia esperava falar. Vomitei precocemente todos os meus sentimentos sem ter a noção de todos estes meu impensáveis erros.. não te sou como queria e tudo isto já eu sabia mas preferi me cegar e sentir tudo como uma criança e não me arrependo de um único segundo porque todas aquelas horas foram como um recuperar da esperança de voltar a sorrir, feliz rasgando os lábios porque não sorriem há muito..
Podia passar horas a descrever tudo e desabafar mas que importa, eu sei que não perfeito nem chego para encher os olhos de ninguém, mas estou e estarei aqui para ti.. contigo ou semtigo.. *pequena gargalhada*

Uma vez uma pessoa disse-me "se realmente gostas dela, deixa-a ser feliz, deixa-a voar e seguir o caminho que ela quer escolher.. vê-la feliz deve valer o suficiente para te encher o coração".. sei que é algo que as vezes é complicado mas tenho vivido assim desde então.. porque eu prefiro ver as outras pessoas felizes, porque tudo o resto são pormenores desnecessários em mim.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A quem não o vê não poderá dizer que tudo isto foi em vão, nem pode dizer que esta agonia se baseia no passado.. sei que mais um ano muda e tudo puxa mil e uma memoria de infelizes momentos que se auto-advêm durante estes pequenos momentos de fraqueza que se expandem e se deixam descontrolar em espasmos de incontroláveis vontades de tudo destruir ou tudo acarinhar num leito de caótica e instável instanciá que faz de si própria um estado em mim.. 

Sabe-se que todo este contorcer não o vê nem estarás perto de perceber todo este infortúnio de cordas. Sei que não passa de entrelaçados de coincidências e que é simplesmente imaturo e incapaz de se explicar por palavras minhas ou de qualquer outra criatura.. Sabem apenas que não me ligo tanto, nem me deixo prender assim nem por passados inesquecíveis..
Não te revelo nem a mim, como não te revelas, mesmo com esse manto eu vejo-te tão claramente como uma flor ao sol. Gosto de te ver, é bom, faz-me esquecer que sou este peixe do fundo, há quem só veja a minha luz depois estar cá fora, mas não gosto de o fazer..  não sabes que é nesta eterna escuridão que é o mar que me escondo pois atrocidades não pertencem em campos verdejantes.. vocês compreendem todo este contorcer para esquecer o que nunca irá acontecer, como podia acontecer?

Hoje só me apetece partir espelhos, berrar, chorar, até que todo o silencio me encha de coragem para me levantar de sorrir para o mundo, sozinho.. por agora sozinho..