quarta-feira, 17 de março de 2010

Encontras-me agora no meio do meu deserto, cego e seco de mim. Silencio perturbador, nem a arma que me acompanhou hoje perturbou. Não ouviste, não ouvi, ninguém ouviu.. porque não disparou. Morri de mim mesmo, em mim mesmo.
Vejo-me mas não a vejo, não estou contra ela mas ela não ao meu encontro. Ando e ando e não a encontro e faço de mim um tonto por julgar estar morto. Nunca me prestei a estes momentos de inconstante consciência do meu despreocupado ser, são apenas coisas de mim para mim que nunca tive o cuidado de ver, ver detalhadamente o que rapidamente cresce em mim sem veres, as escuras da mesmas consciência que tão levemente tomei e elevei ao bem conhecido da dor. Paro, lacrimejo o chão que enlameou comigo.

Limpou-me e agora vejo que o caminho de volta a mim, ganhas-me e vejo, finalmente, a luz que não é para mim!

Sem comentários: