Estatico, ensurdecedor. Tremulas mãos sem forças. Olho, mas não vejo nada. Tudo enevoado mas nem sinal do meu amigo lacrimejo para me confortar, apenas um sufocante ruído de tudo a acontecer, nada em mim, apenas pessoas a viverem, vejo-as mas não as vejo, transparecem-me, trespassam-me sem darem conta que chove, mas não apaga as brasas onde ando desprotegido, ficando-me para trás. Enterrado nos joelhos das mãos destruo o que me resta do feliz registo que era-me algures.
Tenta não te deixares, sem te apagares. Revê-te no espelho que partiste e refunde-o em gelo que brota de ti, revê-te criador pois está na hora de mudar.
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