quarta-feira, 10 de abril de 2013

Ecoam as cordas que toco e em sigilo guardo um pouco da dor nestes acordes que com o correr das lágrimas se deixam levar por este silencio, veio de ti a alastrou-se por esta sala a fora. Recordo que todo este azar não me larga e seriamente vejo que as minhas palavras não passam de verdades que ninguém as aceita, nem eu queria aceitar as verdades que se desprendem da minha língua. Medos reais, tanto como este vazio e este silencio que tento quebrar, mesmo sozinho. Toco horas a fio para o publico que não existe, um salão de memorias, as mesmas que me apontam o dedo e fazem com que a negritude deste silencio cubra-me o corpo. Não sei mais do que as lágrimas que escorrem longe do sorriso e da energia que emano..

Sabes, eu tento todos os dias não chorar. Encho-me de distracções, corro as horas  longe do silencio e de toda esta tormenta.. Todos estes nãos, toda esta realidade, toda esta sorte deixa-me sem força. Não consigo lutar mais por ninguém, não consigo que vejas o que não queres ver.. 

Todo este redopio confunde-me, baralha-me, mas não faz com que as lágrimas parem de correr, e talvez um dia, sim um dia hei de ficar bem.. talvez um dia, não hoje.

Sem comentários: