terça-feira, 18 de setembro de 2012

Diz.. Estou a espera que interrompas o silêncio. Não mordo, nem te irei silenciar, não vês o meu curto sorriso? Estou em paz para comigo, não tenho ânsias nem esperanças de coisas que não me foram prometidas!

Falar-te-ia horas a fio, como de antes ou como num futuro que aparenta fugir do meu pensamento, tivemos e temos linguá e saliva para gastar, porque há tanta coisa que ficou por  falar porque as conversas nunca tinham um fim certo e regressavam nem que fossem horas ou dias, nunca caíram no esquecimento alheio e nunca desvaneceram perante futilidades. Palavras agora mudas.

Diz-me.. devo falar contigo? deixo-te passar na rua?
Fala-me.. corta o silencio com o punhal e faz a sua essência nos banhar como uma chuva torrencial.
Fala-me, com os olhos, desprende-te de qualquer tipo de problema e fala-me, de ti, de outros, de mim e do tempo..

Podia-te morder, gritar-te e mergulhar-te mas mesmo assim não largas as chaves. Trancaste-te dentro de ti e acusas os outros de terem mudado.. não te vês?

Quero que fales sem a espada em punho, quero que tenhas calma e que não procures ataques aonde eles não existem.. Nunca falei contigo de espada em punho, ou de arco na mão.. 
Quero falar não quero guerrear contigo.


Diz.. estarei eu a espera em vão? será que algum dia me vais olhar sem teres em tu um extra cuidado com as minhas palavras? Conheces-me?

Eu não mordo, nunca mordi, não te irei morder..
Mas o silêncio? esse sim morde.

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