sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Vai para lá do clarear e nem as incontáveis horas de imparcialidade parecem fazer jus ao que no passado faziam. As mesmas que me embebedavam são agora as mesmas que de nada servem, como se fosse impossível de me desligar desta ligação há muito cortada..
Não se foi a idade, nem os anos deste desligar consciente.
Sabia-me, bem, sabia-me até aos recantos mais obscuros só não sabia as minhas limitações, as mesmas que continuo sem saber, simplesmente junto o que resta de mim ao que não sei..
Sabia que fazia passar as dores com metade do tempo que já passou e fosse com esta farra era um terço do tempo. Não sei se me compliquei se me destruí..
Vejo-te a ti, Diogo, e sinto-te, não é só o espelho que me reflecte, sou também eu a sentir as mudanças!
O regelar do coração, a maturação do ser, a consciencialização da acção prodiga, o endurecer do escudo e do corpo..

Não compreendo que neste inverno glacial ainda resista esta dor, esta magoa, esta culpa este tormento.. é tão não de mim, como? eu pergunto, COMO?
Ninguem te disse que podias ficar, alojares-te em mim!
Revoltas-me, repugnas-me e entristesses-me.. repodias-me e mesmo assim não sais de dentro de mim.

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