sexta-feira, 1 de março de 2013

Hoje apercebi-me de toda a dimensão de todo este ardor flamejante, todos estes anos passaram e toda esta dor não acalma..
Sei que só uma ou outra pessoa sabe do que vou descrever, mas é aonde estou.
Passaram-se vários anos mas esta viagem nunca acabou, o coração permanece a sangrar e todos os tons que saem das colunas repetem-se num eterno balançar como se tratasse de um baloiço por cima de um lago de memorias, lago cheio por todo este rio de magoas que saem de mim. Sabes-me pelo choro silencioso na viagem do passado até ao aqui, todo este ardor faz a minha pele morrer, e tudo o que parece terminar rapidamente se torna num chover incansável.. Sabes, não posso ouvir aquela melodia desde esse dia porque ele cantou-me ao ouvido toda a minha dor e revejo-a sempre que assim me sinto.

Quando a viagem acabou lembro-me do alivio que senti após todo este sufoco.. o problema é que já não estou nesse carro e toda a dor volta ao cair em mim.. e toda a luz que parecia dar esperança de algo bom, apaga-se..

Não sou uma luz, preciso de uma, porque por dentro sou pequeno e tenho medo do escuro.

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