domingo, 31 de março de 2013

Vejo-me, incapaz de te fazer algo contra esta secreta contemplação. Derradeira batalha contra o coração, uma racionalização em prol do bem que não consegues me dar. Não saberás ao certo o quanto o teu apoio fez-me limpar as lágrimas e fazer voltar a acreditar que há algo em mim possa valer.. p'ra quê todo este esforço de um levantar deste ego caído? o que vale o brilho nos meus olhos quando do seu canto correm lágrimas . Sabes, todos este nós revolta-me. Faz-me ver o valor que não tenho, um respirar inglório.. Vejo-te ainda ai e eu devia de aceitar o que me dizes.. mas sabes eu estou farto de não poder gritar, abanar ninguém  fazer ver mais para além.. Ninguém fica, porque é que ficas? Sei que hás de ler isto um dia e se ainda for a tempo gostava que me entendesses quando digo que não te quero longe, quero-te perto, perto o suficiente para te poder proteger contra as as duvidas e os medos, receios mil que tens pegado e atirado à parede e sabes, não estás sozinha nesta caverna, não quero apenas ser o ajudado.. quero ajudar também sem que fujas e tenhas medo de tudo que há para lá.. porque lembraste-me que eu sou como me conheces e toda esta transparência é real.. Não te vás, eu cometi o erro de me apaixonar por ti e sem ti toda esta realidade torna-se monocromática, sem sabor, sem harmonias invisíveis..

Vejo-te um pouco em todo o lado e vejo-me incapaz de te esquecer.

Sem comentários: