terça-feira, 21 de maio de 2013

Incapacitante torna-se a dor no peito que me fecha a traqueia, nunca deixei que todas as esperanças se elevassem desta maneira. Entre o sentimento de raiva de ser apunhalado não há como não notar as lágrimas e todo o sofrimento por alguém que, mais uma vez, me tomou como um transiunde na sua vida, apenas mais um... 
As palavras falham-me, soluço, deixo escorrer as lágrimas em descontentamento com o que vejo.
Não me és indiferente, não és facilmente substituível. Não me vês, deixaste que todas as palavras corrompidas te enchessem toda a imagem do que sou sem realmente veres o que sou..
Foste a primeira de há meses que realmente me deu carinho, alimentou as esperanças. Se eu tivesse ficado o que teria sido? Nunca o saberei, nunca o saberás. Com o tempo espero que me vejas, que me entendas, que compreendas que por muito carente que seja  não desejo o toque de qualquer pessoa.

Tudo passa e isto, terá de passar, posso não valer a teus olhos mas perdes tudo o que sou. Se o destino quiser não serás tu, mas eu voltarei a ser feliz, não deixarei que o teu falta de apreço me leve a vontade de o ser..

Reconheci-te como lutadora, podes não me ver mas todo esta magoa foi me tornando mais e mais rigo, pedra, distante. Aumento os labirintos e longe de todos luto pelos meus sonhos..

Quero que me apaguem a memoria, quero começar do zero, quero estar longe de tudo.

Quero voltar a passar pelas ruas como se da praia se tratasse, erguer-me perante tudo e recriar memorias para que não restem magoas, mas sim sorrisos. Não sou um monstro que magoa..

Sou apenas um monstro magoado.

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