quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Indica-me o caminho para lá, estou farto de seguir esta estrada sem fim nem buracos. Eu quero ver o mar e o fim do dia, ser intoxicado pela maresia..
Invadiste o meu caminho como arbustos e pinheiros, densos e ébrios. Fazes-me zigzaguiar por entre todas estas memorias e pedras, não deixando espaço para escapar. Recordo-me de toda esta fantasia e de todo este emaranhado de fios e pedras.. Recordas-me de toda a tua figura passada sobre as estrelas e enterrada bem dentro de mim, como de algo demasiado cravado.. Eras a minha floresta interminável. O caminho que o lobo que fugia por ser demasiado "fácil"..  As tempestades outr'ora navegadas eram bem mais suportáveis que este vil e interminável labirinto de pequenas coisas, e eu tão minúsculo.
Entorno-me em todo o álcool que nunca mirras-te, deixo-te mirrares-me na esperança que todas as maleitas do mesmo me fizessem ficar, quando o tempo de partir chegou.

A noite cai, e a lua revela-se novamente.. Pego neste livro e com o virar da pagina na mais resta como se não um monte de prédios e barulhos, familiares. Pego em ti e na chave, o dia acabou e a estrada não se faz sozinha.

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