terça-feira, 20 de novembro de 2012

Nutrem-se ilusões, teias de brilhantes arquitecturas e de dissuasoras felicidades.. acreditem-se velhos e calejados mas nada lhe escapa.. Continuo, ainda que, eternamente esperando pelo calor das setas..
Horas e horas passam em torpes sonhos que desacreditam-me, enchem-te deste visco que é a ilusão e destroem me o rasgo de luz, o sorriso que teima em nunca ficar..  como as folhas de outono que caiem e as nuvens que cobrem o sol tudo volta.. e em intempéries que em mim reinam, nada mais que mantos de memorias que sufocam o pequeno ser que em inquebrável vontade permanece de pé à chuva.

Sabes, durante todos estes anos vi os comboios passar e o mar a engolir a terra.. vi-me a crescer como um icebergue que derrete por pouco.. Nunca me fiz querer que as verdades eram aceitáveis e acreditei sempre que posso sempre tentar.. disparar uma flecha e esperar que acerte. Antes fosse tão fácil..
Ridículo como me revejo numa personagem que incansavelmente procura o amor e acaba sempre só sem grande jeito para isto que é viver..

Nutro ilusões, caio em teias sempre que esperança brilha, mesmo que em vão eu sou assim..

Sem comentários: