domingo, 30 de dezembro de 2012

Inglória a vontade de desistir e virar tudo para trás, um recuar da força e um enfraquecer do que se é.. nada resta em mim, nem uma réstia de esperança numa sorte imaginada. Sabes que é difícil me manter positivo porque a terra arrefece-me os pés e nada é tão certo como a negação e o virar das sortes para um lixo.. não somos mais que um na multidão e ninguém nos olha nem nos procura com o aperto no coração. As pessoas passam, correm e bocejam com a entediante passagem do tempo, a insignificância que passa pelos olhos de quem me vê..
Soubeste um dia a minha impavida reacção a toda comoção na minha teia, o coração quase que parava com palavras que não dizias e mesmo vendo negaste qualquer interesse.. Passei por ti como uma borboleta a morrer no ultimo suspiro e como qualquer passo é certo, tu deixaste-me morrer. Quão parvo o meu coração em derreter por quem não se deu de si.. erramos, fechamos paginas e voltamos-nos para o mundo para querer ver.. para além de ti.. Advéns como vontade de entrar no glaciar foco que se entranha em mim e como as ultimas cartas foram jogadas e todas as cordas atiradas nada mais irei fazer se deixar que me geles e me tragas o vazio, toda a imensidão intocável que farei em mim, se não apenas um castelo para o meu coração.

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